Toda vez que pensamos em educação, de imediato, vem à constatação de que é uma mercadoria, um negócio, um comércio, que o mercantilismo educacional está cada vez mais significativo, impregnado e, infelizmente, indissociável no nosso atual processo de educar.
Concordamos com Mészáros quando afirma que a educação não é negócio e nem poderia ser, é possibilidade, construção e tem a obrigação de propiciar uma (trans)formação integral no ser para que desperte o seu eu mais íntimo, encontre suas mais ‘profundas’ possibilidades e se construa (durante toda a sua existência) como um ser humano-humanizado-ético-societário, conhecedor do sentido de viver com, de vida gregária, ‘orientado’ para a vida e para a imensa possibilidade que é viver. Eis um sentido efetivo, no nosso entendimento, para a educação. Se esta concepção é utópica, então, são utópicos também os gregos como Sócrates, Platão e Aristóteles e tantos outros que viram na educação uma construção possível de ser humano e de sociedade.